Entenda o que é a mastocitose, as causas e os mecanismos da doença, assim como as opções de tratamentos – incluindo terapias avançadas e imunobiológicos.
Na Alergológica, sabemos que viver com doenças raras, como a mastocitose, é um desafio que exige conhecimento especializado e acesso às terapias mais modernas. Sob a supervisão do alergista e imunologista Dr. Antonio Condino-Neto – referência internacional na especialidade – somos pioneiros no tratamento com imunobiológicos, oferecendo cuidado de excelência, equipe altamente qualificada e acompanhamento integral para cada paciente. Nossa missão é transformar a qualidade de vida de quem enfrenta essa condição, trazendo mais segurança, controle dos sintomas e bem-estar.
O que é a mastocitose?
A mastocitose é uma doença rara caracterizada pelo acúmulo anormal de mastócitos – células do sistema imunológico responsáveis por liberar substâncias como a histamina, envolvidas em processos inflamatórios e reações alérgicas.
Em condições normais, os mastócitos são fundamentais para a defesa do organismo contra agentes externos. Porém, na mastocitose, essas células se multiplicam em excesso e se acumulam em diferentes tecidos, como a pele, medula óssea, fígado, baço e trato gastrointestinal, causando uma ampla gama de sintomas e complicações.
“Na mastocitose, células essenciais do sistema imune se multiplicam em excesso e se acumulam em diferentes tecidos, causando uma ampla gama de sintomas e complicações”.
Causas e mecanismos da doença

A mastocitose pode ocorrer por mutações adquiridas em genes que regulam o crescimento e a sobrevivência dos mastócitos. A mutação mais comum é no gene KIT (D816V), que provoca ativação permanente do receptor KIT, levando à proliferação e ao acúmulo celular.
Não é uma doença hereditária na maioria dos casos, mas sim resultado de alterações somáticas que surgem ao longo da vida. O curso clínico varia muito: em algumas pessoas, os sintomas são leves e restritos à pele; em outras, há comprometimento sistêmico, com risco de complicações graves.
Tipos de mastocitose
- Mastocitose cutânea: mais comum em crianças. O acúmulo de mastócitos fica restrito à pele, com lesões características.
- Mastocitose sistêmica: mais frequente em adultos, quando os mastócitos se acumulam em órgãos internos como medula óssea, fígado e trato gastrointestinal. Pode ser indolente (evolução lenta) ou agressiva.
- Leucemia de mastócitos: forma extremamente rara e grave, com comportamento semelhante a uma doença hematológica maligna.
Principais sintomas
A diversidade de manifestações torna o diagnóstico um desafio. Entre os sintomas mais comuns, destacam-se:
- Cutâneos: manchas avermelhadas ou amarronzadas, urticária pigmentosa, prurido intenso, vermelhidão (flushing).
- Gastrointestinais: dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, refluxo.
- Ósseos: dor, osteopenia, osteoporose e fraturas.
- Cardiovasculares: queda de pressão, taquicardia, síncope.
- Reações anafiláticas: podem ocorrer espontaneamente ou após exposição a fatores desencadeantes como picadas de insetos, alimentos, álcool, variações de temperatura ou uso de certos medicamentos.
É importante reforçar que, na mastocitose sistêmica, o risco de anafilaxia grave é elevado, exigindo vigilância constante e uso de adrenalina autoinjetável em situações de emergência.
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Diagnóstico
O diagnóstico da mastocitose exige uma avaliação especializada, com associação de dados clínicos, laboratoriais e histopatológicos. Os exames mais comuns incluem:
- Biópsia de pele ou medula óssea para identificar o acúmulo de mastócitos.
- Exames genéticos para detecção da mutação no gene KIT.
- Dosagem de triptase sérica, marcador associado ao aumento de mastócitos no organismo.
- Avaliações de função hepática, óssea e hematológica.
Por ser uma doença rara e complexa, muitas vezes há atraso diagnóstico, reforçando a importância de se buscar centros de referência em alergia e imunologia.
Tratamento da mastocitose
O tratamento da mastocitose é individualizado, levando em consideração a forma clínica, a gravidade e os sintomas apresentados pelo paciente. Os principais objetivos são controlar sintomas, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida.
Medidas gerais
- Evitar fatores desencadeantes como calor, variações bruscas de temperatura, álcool, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), opioides e picadas de insetos.
- Uso de adrenalina autoinjetável para pacientes com risco de anafilaxia.
Tratamento farmacológico
- Antihistamínicos (H1 e H2): reduzem sintomas cutâneos e gastrointestinais.
- Cromoglicato dissódico: auxilia no controle de sintomas digestivos.
- Corticoides: podem ser utilizados em crises agudas ou manifestações graves.
- Bifosfonatos: em casos de osteoporose ou fragilidade óssea.
Imunobiológicos e terapias avançadas
Nos últimos anos, os imunobiológicos vêm revolucionando o tratamento da mastocitose, principalmente nas formas sistêmicas graves e refratárias.
- Midostaurina e avapritinibe: inibidores de tirosina-quinase que atuam bloqueando o receptor KIT mutado, reduzindo a proliferação dos mastócitos.
- Omalizumabe (anti-IgE): tem mostrado eficácia no controle de sintomas refratários, especialmente no manejo das reações anafiláticas e do prurido intenso.
Esses medicamentos representam um grande avanço, pois permitem controle mais eficaz da doença e melhora significativa na qualidade de vida. O tratamento com imunobiológicos deve ser realizado em centros especializados, com monitoramento constante dos efeitos e da resposta clínica.
A importância do acompanhamento multidisciplinar

O paciente com mastocitose muitas vezes precisa do suporte de uma equipe integrada, que pode incluir:
- Alergistas e imunologistas
- Hematologistas
- Gastroenterologistas
- Dermatologistas
- Endocrinologistas (em casos de osteoporose associada)
- Psicólogos, pelo impacto emocional da doença crônica
Na Alergológica, o cuidado vai além do tratamento medicamentoso: oferecemos suporte educacional, acompanhamento contínuo e atendimento humanizado, pensando em todas as dimensões da vida do paciente.
A mastocitose é uma doença rara, complexa e impactante, mas hoje existem recursos capazes de transformar o dia a dia dos pacientes. Os imunobiológicos representam uma nova era no tratamento, trazendo esperança e controle dos sintomas mesmo em casos mais graves.
Se você ou alguém da sua família apresenta sinais sugestivos de mastocitose, não espere. Procure avaliação com nossos especialistas.
Na Alergológica, temos experiência consolidada no diagnóstico e manejo da doença, acesso aos tratamentos mais inovadores e uma equipe dedicada a oferecer qualidade de vida e segurança a cada paciente.
Agende sua consulta na Alergológica e conheça o poder da medicina personalizada no tratamento da mastocitose. Sua saúde merece cuidado de excelência.
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