Rinite: causas, sintomas e tratamentos (e por que não existe cura)

ALERGOLOGICA - Rinite por que ainda nao ha cura (1)
Categoria: Alergológica na Mídia

Em entrevista à BBC Brasil, dr. Antonio Condino-Neto comenta os desafios que a Ciência deve superar para chegar a uma cura para a rinite.


“O que custa juntar três caras num laboratório e descobrir a cura da rinite?”

O que parecia ser um desabafo bem humorado de João Zastrow, um usuário do Twitter, virou uma dúvida real e instigante sobre uma doença que afeta até 40% da população mundial (ou cerca de 84 milhões de brasileiros) — a postagem na mídia social já teve mais de 165 mil curtidas e 43 mil compartilhamentos.

A rinite alérgica, quadro marcado por nariz entupido, espirros repetidos, coceira no rosto e dificuldade para respirar, costuma piorar no outono ou no inverno e está relacionada a alguns gatilhos do ambiente, como poeira, pelos de animais, ácaros e pólen.

Embora o tratamento tenha evoluído bastante nas últimas duas ou três décadas, a verdade é que realmente não existe uma cura para a rinite — e muitos cientistas acreditam que nunca veremos uma solução definitiva para esse problema.

A seguir, você entende quais são geralmente as causas, por que é tão difícil falar em cura para essa doença e quais são as principais formas de controlar o quadro atualmente.

 

Narinas travadas

O nariz funciona como um verdadeiro filtro do nosso sistema respiratório. Ele conta com diversas estruturas e mecanismos para barrar a entrada de partículas perigosas, que podem prejudicar o funcionamento dos pulmões.

Vamos a um exemplo prático: imagine que um vírus tente invadir suas narinas. O organismo fará de tudo para expulsá-lo assim que possível, de modo a evitar problemas maiores.

Nessa situação, o sistema de defesa desencadeia uma série de ações, chamadas genericamente de processo inflamatório, para aniquilar o invasor — é por isso que o nariz fica inchado, cheio de secreção e não para de espirrar. O muco é gerado como uma forma de englobar e expulsar o invasor.

(…)

 

Um caminho árduo

O médico Antonio Condino, do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, explica que aquela reação imunológica por trás da rinite é muito complexa e recruta diferentes tipos de células.

“Um dos glóbulos brancos que está envolvido nesse processo é o mastócito, que libera uma substância chamada histamina”, exemplifica.

A tal da histamina, aliás, é uma das responsáveis por sintomas como a coceira e a vermelhidão.

Outra célula de defesa envolvida é o basófilo, que libera substâncias químicas que contribuem no processo inflamatório.

Ou seja: não há um alvo único que, ao ser desligado ou inibido, vai evitar definitivamente a crise de espirros e a dificuldade de respirar.

Condino também ensina que a rinite é uma doença poligênica, que está relacionada com mutações em diversas partes do código genético humano.

“Existem algumas enfermidades imunológicas que são monogênicas, causadas por alterações em um único gene. Nesses casos, fica mais fácil pensar em terapias gênicas capazes de lidar com o problema”, diz.

 

Leia a matéria completa no website da BBC Brasil

 


Iniciar chat
1
Tire dúvidas com nossa equipe!
Olá! Como a Alergológica pode te ajudar?