Imunodeficiência Primária: diagnóstico precoce salva vidas

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Categoria: Imunologia

Entenda o que é imunodeficiência primária, seus sintomas e como o tratamento com imunoglobulina pode melhorar a qualidade de vida.

A imunodeficiência primária é uma condição genética em que o sistema imunológico não funciona adequadamente desde o nascimento. Pessoas com essa condição têm maior risco de desenvolver infecções graves e recorrentes. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para garantir qualidade de vida.

 

O que é imunodeficiência primária?

É uma doença genética e congênita que afeta o sistema de defesa do organismo. Quando o sistema imunológico não funciona corretamente, o corpo fica mais vulnerável a infecções causadas por vírus, bactérias e fungos. Diferente de uma pessoa saudável, uma pessoa com imunodeficiência pode desenvolver complicações graves a partir de infecções simples.

 

Sinais de alerta

O principal sinal é a ocorrência de infecções frequentes e repetidas. Fique atento: otites frequentes, sinusites de repetição, bronquite e pneumonia recorrentes, infecções de pele e abscessos, estomatites (feridas na boca), diarreias crônicas, alergias respiratórias constantes, coceira intensa e prolongada na pele, erupções e dermatites, asma grave e doenças causadas por fungos. Se você ou seu filho apresenta infecções frequentes que não melhoram com tratamentos comuns, procure um imunologista.

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Principais tipos

Deficiência seletiva de imunoglobulinas (falta de anticorpos específicos), imunodeficiência comum variável (baixa produção de anticorpos), agamaglobulinemia (ausência quase total de anticorpos), imunodeficiência combinada grave (afeta múltiplos componentes do sistema imune), doença granulomatosa crônica (dificuldade em combater infecções bacterianas e fúngicas), síndrome de DiGeorge (afeta o desenvolvimento do sistema imunológico) e neutropenia cíclica (redução periódica de células de defesa).

 

Diagnóstico precoce

Quando identificada cedo, é possível iniciar o tratamento adequado rapidamente, prevenir infecções graves e hospitalizações, evitar sequelas e complicações, melhorar significativamente a qualidade de vida, permitir que a criança frequente escola e tenha vida social normal e reduzir o uso de antibióticos e internações.

 

Tratamento: reposição de imunoglobulina

O tratamento mais comum é a reposição de imunoglobulina humana (IVIg). Esse tratamento consiste na infusão de anticorpos purificados de doadores saudáveis, que ajudam a proteger o paciente contra infecções. A imunoglobulina é aplicada por infusão intravenosa (na veia) ou subcutânea (sob a pele), o procedimento é realizado em intervalos regulares (geralmente a cada 3-4 semanas) e os anticorpos recebidos protegem o paciente até a próxima aplicação.

Benefícios: redução drástica no número de infecções, menos hospitalizações e uso de antibióticos, melhora na qualidade de vida, possibilidade de levar uma vida normal e prevenção de complicações graves.

 

Apoio psicológico

Receber o diagnóstico pode ser desafiador tanto para o paciente quanto para a família. O apoio psicológico é fundamental para lidar com o diagnóstico de doença crônica, enfrentar o medo de infecções, aceitar o tratamento contínuo, manter a autoestima e vida social, desenvolver estratégias de autocuidado, compreender a doença, adaptar-se às necessidades do tratamento, lidar com a ansiedade, apoiar o paciente de forma equilibrada e manter a rotina familiar saudável.

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Quando procurar um imunologista?

Procure se você ou seu filho tem infecções frequentes (mais de 4-6 por ano), precisa de antibióticos repetidamente, apresenta infecções que não melhoram com tratamento comum, tem infecções graves ou incomuns, apresenta atraso no crescimento ou tem histórico familiar de imunodeficiência.

 

Vivendo com imunodeficiência

Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, pessoas com imunodeficiência podem levar uma vida normal. É importante seguir rigorosamente o tratamento, manter o calendário de infusões em dia, evitar aglomerações durante surtos, manter a vacinação em dia (com orientação médica), ter alimentação saudável, praticar atividades físicas adequadas e manter acompanhamento médico regular.

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