Alergia alimentar precisa de diagnóstico correto!

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Categoria: Alergias

A alergia alimentar é cada vez mais comum. Entenda as causas, os sintomas, como diferenciá-la de outras condições de saúde e quais são os tratamentos mais eficientes.

A alergia alimentar é uma condição que afeta cada vez mais brasileiros, especialmente crianças. Apesar de ser frequentemente confundida com intolerâncias alimentares, como a intolerância à lactose, trata-se de uma reação do sistema imunológico a proteínas específicas dos alimentos, podendo causar desde sintomas leves até reações graves, como a anafilaxia.

 

O que é alergia alimentar?

A alergia alimentar é uma resposta exagerada do sistema imunológico a proteínas presentes em determinados alimentos, reconhecidas como “inimigas” pelo organismo. Os sintomas podem surgir em minutos, horas ou até dias após a ingestão do alimento e variam de acordo com o tipo de alergia e a sensibilidade individual. As manifestações incluem coceira, urticária, inchaço, náuseas, vômitos, diarreia, dificuldade respiratória e, em casos graves, anafilaxia, que é uma reação alérgica sistêmica potencialmente fatal.

 

Alimentos com maior potencial alergênico

Embora qualquer alimento possa causar alergia, cerca de 80% das reações alérgicas são desencadeadas por um grupo restrito de alimentos, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia – ASBAI. Os principais são:

  • Leite de vaca
  • Ovo
  • Soja
  • Trigo
  • Amendoim
  • Castanhas
  • Peixes
  • Frutos do mar

No Brasil, há também uma alta sensibilização ao milho, embora os casos de alergia não sejam amplamente descritos. Além disso, frutas como kiwi e sementes como o gergelim têm apresentado aumento na prevalência de reações alérgicas.

 

APLV x Intolerância à lactose: qual a diferença?

É comum confundir alergia à proteína do leite de vaca (APLV) com intolerância à lactose, mas são condições distintas:

  • APLV: Envolve uma reação imunológica às proteínas do leite, como caseína, alfa-lactoalbumina e beta-lactoglobulina. Os sintomas podem ser cutâneos, gastrointestinais, respiratórios e, em casos graves, anafilaxia.
  • Intolerância à lactose: É causada pela deficiência da enzima lactase, responsável pela digestão da lactose, o açúcar do leite. Os sintomas incluem dor abdominal, gases e diarreia, mas não envolvem o sistema imunológico e não são potencialmente fatais.

Enquanto o intolerante pode consumir pequenas quantidades de laticínios sem grandes problemas, o alérgico deve evitar completamente o alimento.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da alergia alimentar é clínico, baseado na correlação entre a ingestão do alimento e os sintomas apresentados. Testes laboratoriais, como dosagem de IgE específica e testes cutâneos, podem auxiliar, mas o “padrão ouro” é o Teste de Provocação Oral (TPO), realizado sob supervisão médica em ambiente adequado, devido ao risco de reações graves.

O tratamento consiste na exclusão do alimento causador da dieta e na substituição por alternativas nutricionalmente adequadas, especialmente em crianças. É fundamental o acompanhamento por alergistas e nutricionistas para garantir uma dieta equilibrada e segura.

Em casos de reações graves, pode ser necessário o uso de adrenalina autoinjetável, que deve ser prescrita e orientada por um médico. Infelizmente, esse medicamento ainda não está disponível no Brasil, mas há projetos de lei em andamento para sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Atenção

A alergia alimentar é uma condição séria que requer diagnóstico preciso e manejo adequado. A diferenciação entre alergia e intolerância é essencial para evitar restrições alimentares desnecessárias e garantir a segurança e qualidade de vida dos pacientes.

O acompanhamento por profissionais especializados – como os médicos alergistas e imunologistas da Alergológica – é fundamental para o sucesso do tratamento e para a promoção de uma vida saudável e sem riscos.

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